Sha'abi - resumo dos estilos de Danças folclóricas e populares egípcias 01

3


Este artigo é uma resposta à várias solicitações de alunas e bailarinas, sobre os estilos de Sha'abi (danças populares). No passado este termo estava conectado ao que chamamos de danças folclóricas, diferentes da elegante  Raks al Sharq. Sha'abi tornou-se um gênero musical e um estilo de dança da periferia do Egito, se refere a música popular moderna, cuja dança mistura elementos do folclore, mas mais atualizada.


Segue algumas informações pertinentes a serem repassados em sala de aula, o ideal é abrir um mapa e contextualizar cada uma delas, com vídeos.



 Shaabi Moderno 

Passou a ser chamado de shaabi o estilo dançado nos clubes noturnos do Egito. Isso significa que uma música clássica de Oum Khulthum, por exemplo pode ser cantada de forma extrovertida, natural sem muita tecnica clássica (Raks Sharq) e é chamado de Shaabi pelos egípcios. Para saber sobre o Shaabi movimento musical clique aqui:Shaabi e Al Jeel


Por exemplo neste video a bailarina Aziza está interpretando um clássico, Alf Leyla wa Leyla shaabizado, como se pode dizer:






Neste outro, a bailarina se veste à moda Dina (mini-saia) e o mesmo clássico é interpretado ao estilo que ficou chamado de Shaabi.





 

 Aqui Bousy Abdo está interpretando uma peça do folclore, Tahtib à maneira Shaabi moderno.


 


Abaixo a bailarina Dandesh interpretando à maneira Shaabi:

 



Shaabi Folclore

No passado a palavra Shaabi estava mais conectada ao folclore, pois eram as danças do povo. Shaabi é um termo árabe ainda utilizado em outros países árabes para definir folclore, somente no Egito acabou se adequando ao estilo popular urbano dançado e cantados nas casa noturnas do Cairo.

A bailarina egípcia e PHD em Danças Etnicas Suraya Hilal ainda define a palavra Shaabi como manifestação folclórica:


Said Oriental - Tahtib

A região sul do Egito, em fronteira com a Núbia, mais conhecida por Alto Egito pois é próxima às nascentes do Nilo, é um dos lugares mais perigosos do país, por ser engolido pelo deserto e distante dos centros urbanos. Os homens desta região vangloriam-se de corpulentos bigodes, símbolo de prosperidade, virilidade e beleza.
No passado, o Assaya (bastão grande) era utilizado como arma de guerra entre beduínos, a partir disso tornou-se uma dança marcial e posteriormente ocupou as festas com o nome de Tahtib.
O Said corresponde a um ritmo base da música popular egípcia e você poderá escutar em qualquer outro lugar do país, interpretado com ou sem bastão.

Siwa - Dança das mulheres

Na parte ocidental do Sahara, em fronteira com a Líbia, existe um Oásis chamado Siwa, cujo nome está relacionado à dança e ao povo que ali reside.
Siwa, é povoado pelos bérberes, um grupo étnico de beduínos com dialetos e tradições próprias.
A dança feminina de Siwa é interpretada com bastões e pelas mulheres, conhecidas pelas galabiyas pretas bordadas e  rústicas jóias em prata.
O que nós conhecemos hoje como dança de bastões feminina é proveniente de Siwa.

Dança da Núbia

Retornando ao sul do Egito, seguindo de Aswan para a capital do Sudão Khartun, as danças populares são em geral coletivas, e pela proximidade com o resto da África, têm muitos gestos das danças africanas, principalmente movimentos amplos com os ombros e giros. Já o ritmo é parecido com o soudi, e às vezes lembra o Khaleegy.

Hajjalah ou Haggalah

É uma dança tradicional beduína, portanto, encontrada em vários Oásis. Hajjalalh significa saltitar e tem como característica, além dos saltinhos, os requebrar dos quadris na vertical, movimento conhecido no Brasil por quebrado. A Hajjalah masculina é uma espécie de dabke, com percussão dos pés no chão.
As mulheres dançam juntas e às vezes brincam com os homens, uma pequena peça, onde uma delas é cortejada por vários rapazes.

Skandaria ou Melaya Leaf

A cidade de Alexandria, no delta do Nilo, é uma das mais populosas do Egito, conhecida pela influência Mediterrânea dos gregos e romanos, têm as suas particularidades e tradições específicas.
Há aqui uma polêmica, que divide a Dança com a Melaya (túnica preta e pesada) orignária da antiguidade clássica e como parte de um culto à deusa Afrodite Marinha (danca dos pescadores : Banbatuya) em contraposição com a criação coreográfica de Mahmoud Reda, durante os anos 60, que criou uma personagem vendedora, inspirada nas mulheres de Alexandria, para Farida Fahmy.
Entre tantas controvérsias, a dança atualmente pertence ao folclore egípcio. As bailarinas utilizam vestidos curtos, tamanquinhos de madeira e um chador de crochê preto dissimulando os traços do rosto.

Tannura - dança dos derviches

Dentro das danças rituais, a Tannura ou a Al Daraweesh,  é dançada por homens de longas e rodadas saias, que mais parecem um caleidoscópio de cores. Tradicionalmente religiosa, a música acompanha a poesia sagrada, a partir de versos do Alcorão, o ritmo base é o Ayub, o mesmo utilizado no Zaar.
O giro da Tannura possui vários significados, desde as estações do ano, o ciclo dos planetas até o percurso dos peregrinos ao redor da Kaaba.

Shamadan ou Awalem

A dança com candelabros também tem origem no passado, provavelmente começou nos tempos do rei Salomão, quando os escravos iluminavam os palácios. Seu significado é iluminar e espantar os maus espíritos que vivem nas sombras, portanto, é uma tradição nos cortejos de casamento as dançarinas entrarem na frente dos noivos.





)O(
Isis Zahara

3 comentários:

  1. Obrigada! Muito bom seu post! Tenha uma ótima semana!

    ResponderExcluir
  2. eu adoro essas musica e dansas thau de mari bjoooooooooooooooooooooooooooooooooooossssssssssssssssssssssssssssss

    ResponderExcluir
  3. obrigada por me aseitar no seus comentarios thau bjooooooooooooooooooooooooooosssssssssssssssssssssss

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...